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Foto do escritorAugusto Guiraldelli

Cinco passos para uma gestão de riscos assertiva

O coronavírus e seus efeitos globais é o assunto mais destacado na mídia neste momento, o que é esperado visto que nunca tivemos uma pandemia destas proporções no mundo, com forte repercussão econômica além da preocupação vital quanto à saúde da população.


Neste artigo anterior abordarmos os impactos percebidos em supply chain no mercado B2B pelo COVID-19, e aqui indicamos 5 passos simples para uma gestão de riscos efetiva, considerando riscos relacionados ao abastecimento, operacionais, financeiros e impactos à imagem da empresa.

1° PASSO: IDENTIFICAR E ANALISAR


É imprescindível identificar e analisar todos os riscos potenciais atrelados aos seus fornecedores. Isso pode ser feito envolvendo todos os stakeholders e mapeando as vulnerabilidades do negócio. Uma ótima ferramenta para esta avaliação é a Matriz SWOT, que dá visibilidade a ameaças, oportunidades, forças e fraquezas, detalhando pontos críticos de forma assertiva. Também indicamos uma análise de mercado (5 forças de Porter) e a elaboração de VACs (estudo de variáveis ambientais críticas).


Diversos riscos podem ser encontrados pelas organizações, que variam muito de acordo com o segmento de atuação, porte, posicionamento de mercado, entre outros. Alguns dos principais riscos encontrados são:


Risco financeiro: Riscos de impacto negativo nas finanças da empresa por meio de relacionamento com fornecedores. Perdas de receita relacionada a dependência de um fornecedor específico por exemplo.


Risco operacional: Falhas em processos, pessoas ou sistemas relacionados ao fornecedor, gerando baixo desempenho, queda na qualidade dos serviços prestados, desabastecimento, entre outros.


Segurança da informação: Falhas na gestão de segurança de dados e controle de privacidade por parte do fornecedor, podendo resultar na perda de dados e comprometendo a segurança digital de dados da empresa fornecedora e fornecida.


Risco de compliance ou regulatório: Desconformidade de produtos ou serviços fornecidos relacionadas a requerimentos regulatórios obrigatórios, certificações técnicas, entre outras possíveis falhas que possam submeter multas e penalidades à organização.


Risco de imagem: Ações ou posicionamentos por parte do fornecedor que possam gerar impactos negativos na imagem da marca, tanto do fornecedor como de seus clientes.


2° PASSO: CLASSIFICAR AMEAÇAS


É importante ponderar, analisar e aplicar critérios de classificação às ameaças identificadas, como por exemplo: probabilidade de desabastecimento da cadeia de suprimentos, níveis de impacto que a organização poderá sentir caso a ameaça se torne realidade, e níveis de priorização diante das ameaças encontradas, classificando-as como “alto, médio ou baixo impacto”. A classificação trará maior clareza para planejar e priorizar ações a serem tomadas para cada ameaça.

3° PASSO: ANÁLISE DE FORNECEDORES


Após a identificação e análise dos riscos e ameaças associados à sua cadeia de abastecimento, chegou a hora de definir critérios e requisitos para a organização estruturar o processo de contratação de fornecedores. Os candidatos devem ser submetidos a diversas avaliações a fim de garantir pleno atendimento das condições pré-estabelecidas. Nesta análise é importante considerar atributos técnicos, jurídicos, compliance e, claro, financeiros.


Nesta análise é importante avaliar a relação dos riscos associados à contratação com o tipo de serviço prestado e sua representatividade e relevância no negócio. Após esta etapa, sugerimos uma classificação básica para agrupamento de fornecedores, como por exemplo: “fornecedor estratégico, operacional ou tático” e também “fornecedores de alto, médio ou baixo risco”. O principal objetivo desta classificação é promover ações de gestão específicas para cada agrupamento de fornecedores.

4° PASSO: AÇÕES ESTRATÉGICAS


Definir ações que serão tomadas a fim de reduzir riscos em cada um dos agrupamentos de fornecedores estabelecido, resultando em um plano de ações que deve ser revisto periodicamente. A cada ciclo de análise deve ser atualizado o “status” de cada fornecedor considerado, definindo o nível de compartilhamento de informações, realização de auditorias juntamente aos fornecedores, reavaliações e novas realizações dos processos de homologação e monitoramento dos fornecedores.

5° PASSO: ACOMPANHAMENTO


O último passo do processo visa garantir a execução de todos os passos anteriores para assegurar uma boa gestão de fornecedores por meio de processos de melhoria contínua. A análise de cenários, identificação e gestão de riscos deve ser uma prática constante, já que riscos e ameaças se apresentam a todo o momento. É importante construir diretrizes e políticas visando estabelecer boas práticas de governança sobre este processo tão vital para a saúde da empresa.

 













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